Papo de Política #115: manobras e retrocessos

Mariah Carey faz o maior show da história do Palco Sunset em retrospectiva da carreira para plateia emocionadíssima

Mariah Carey merecia uma apresenta??o deste porte por aqui,óriadoPalcoSunsetemretrospectivadacarreiraparaplateiaemocionadíbilheye da quina de s?o jo?o 2019 após perrengues em vindas anteriores ao Brasil. A popstar fez o mais aguardado show no Palco Sunset em todas as edi??es do Rock in Rio.

Neste domingo (22), entregou o que seus f?s queriam: looks que v?o ser comentados durante toda semana e hits em vers?es às vezes mais curtas. A ideia era ter tempo de cantar mais can??es do repertório que a fez vender mais de 150 milh?es de discos.

Entre tantos pontos altos, o show cresce em baladas clássicas como “Hero”, cantada no final do primeiro ato. A emo??o nessa só é superada pelo final, com “| Want To Know What Love Is”. As can??es de levada R&B também cativam, com destaque para “Touch My Body” e “We Belong Together”.

Ela tem uma banda, três vocalistas de apoio e sete dan?arinos, mas obviamente o que importa é ouvir ao vivo uma das vozes mais influentes da história do pop americano. Ah, e n?o há chance de se insinuar que ela fa?a uso de playback, ok? Falar que ela dubla seria absurdo.

Mariah provou que canta bem de tudo quanto é jeito, com seus característicos agudinhos matadores. Ela ainda mantém intacto o estilo de movimentos econ?micos pelo palco.

A diva é famosa, por exemplo, pela predile??o em soltar a voz e manter respira??o e afina??o até mesmo sentada, posi??o pouco recomendada por técnicos vocais.

Palco Sunset ficou pequeno?

Ela poderia estar no palco considerado principal, é claro, e os f?s tinham raz?o de reclamar. Mas isso foi mero detalhe. Pesa aqui o fato de o Palco Sunset ter pela primeira vez o tamanho do Palco Mundo e uma potência de som bem superior à de outras edi??es.

O único porém talvez seja o tempo de show: ela cantou só por uma hora e poderia fazer uma performance mais longa caso fosse headliner da noite. A necessidade de cortar o show tira do setlist, por exemplo, a lindíssima vers?o de “Without You”.

A cantora de 55 anos apresentou sua turnê “The Celebration of Mimi”, que come?ou como uma residência em Las Vegas. O objetivo desta tour é celebrar os 20 anos do álbum “The Emancipation of Mimi” e apresentar, de forma didática, cada uma de suas eras.

Esta vinda de Mariah para cantar em S?o Paulo e no Rock in Rio pode ser considerada sua estreia de verdade por aqui. Ela esteve no Brasil para eventos fechados e programas de TV, em 1999, 2002 e 2009. Em 2010, finalmente fez um show aberto ao público, na Festa do Pe?o de Barretos. Mas Mariah subiu ao palco por volta da 1h30 com uma arena meio vazia, sob protestos e vaias após atraso de 90 minutos. Ela disse que cantou "para seus f?s de verdade".

No Rock in Rio, eles também estavam presentes. Alguns tentavam adivinhar exatamente o que ela iria dizer entre as músicas. Outros imitavam com a boca as batidas das músicas mais dan?antes, fazendo um atrapalhado e cativante coro (?) de beatbox (??). Alguns grupinhos puxaram a vers?o em português gravada por Sandy & Junior para “I'll be there”, mas por sorte n?o conseguiram engajamento.

Com uma plateia t?o entregue e emocionada, n?o existe motivo para perpetuar o clichê roqueiro de que o Rock in Rio é um festival para quem n?o gosta de música. Talvez ele seja um festival para quem gosta de música que VOCê n?o gosta.

1 de 4 Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024 — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

2 de 4 Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024 — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

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4 de 4 Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024 — Foto: Stephanie Rodrigues/g1